Mogno Brasileiro (Swietenia macrophylla)
- nativo do México, Peru, Brasil
- encontrado na região Norte, é mais recorrente no Sul do Pará
- alto valor comercial, mas sua exploração predatória quase levou essa espécie à extinção
- Protegida pelo CITES – Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagem
- florestas nativas: proibida sua exploração e comércio
- Precisa de autorização para efetuar o corte
Importância
- madeira de lei: qualidade, resistência, beleza, tonalidade
- De maior valor madeireiro no mundo
- Valorizada no mercado internacional
- usada para fins nobres: móveis e decoração
Atacado facilmente por um inseto — lagarta da Hypsipyla grandella
- qualquer tentativa de plantio comercial pode fracassar por causa da broca do ponteiro
- principalmente na fase inicial de crescimento, em sucessivos ataques
Mogno Africano (Khaya spp), o ouro verde
- vem substituindo o mogno brasileiro porque é resistente à lagarga da Hypsipyla grandella
- insetos que mudaram costumes
- planta heliófila (que gosta de muito sol), só tolera sombra na fase jovem
- árvore de porte elevado
- caducifólia (cai as folhas na seca) nos climas áridos
- espécie de grande importância na região amazônica:
- alto valor no comércio internacional e boas oportunidades no mercado doméstico
- 2009: € 595 m3
- 2022: € 1239 o m3
- preço da semente: 500g sai de US 200 a US889,00
- muda de U$ 4,80 a U$ 23,00
- rápido crescimento
- resistente a algumas pragas que comumente atacam o mogno brasileiro
- fins nobres, movelaria fina
- alto valor no comércio internacional e boas oportunidades no mercado doméstico
- primeiros plantios no Pará: há 35 anos
- MG tem as maiores florestas plantadas com mogno africano
- consórcios: café, banana, cacau, açaí, milho, citrus, maracujá
- veio da Costa do Marfim, pelo Ministro da Agricultura, em 1974
- uma comitiva estava visitando Belém e trouxe o mogno africano
- relato do pesquisador Ítalo Cláudio Falesi, da Embrapa Oriental, especialista que estuda as principais doenças da espécie
- recomendação: plante que será o ouro do futuro
Rubelose ou Mal Rosado
- fungo basidiomycota Erythricium salmonicolor (antes chamado de Phamerochaete salmonicolor, Corticum salmonicolor)
- também atacada eucalipto, seringueira, cacau, citrus…
Sintomas:
- local afetado aparesenta lesões necróticas rosadas
- sulcos e rachaduras nos tecidos do lorema dos galhos e troncos doentes
- ramos atacados podem secar e morrer
Sinais:
- presença de uma crosta rosada
Controle:
- poda fitossanitária dos ramos afetados: 15 a 30cm além do ponto de penetração
- destruição dos ramos podados:
- impedir avanço de processo infeccioso
- no ferimento da poda: selar com pasta fúngica à base de triazol+estrubirulina (5%) para evitar a reinfecção
- nas árvores onde a lesão ainda não tenha circundado o tronco:
- retirada das partes afetadas da casca com um canivete afiado cirurgua
- após a retirada da parte infectada: pincelar a área com pasta fúngica
Cancro do Córtex
- fungo Lasiodiplodia theobromae
- patógeno comum de espécies florestais, como o paricá (nos troncos) e na graviola (nos frutos)
- principalmente de clima quente e úmido
- inclusive causando cancro em algumas espécies
- doença com alta incidência em plantas de mogno africano
- atinge níveis de infestação superior a 80%
- comum em indíviduos com idade acima de 2 anos
- ainda não tem relatos em mudas
- ocorrência: Pará, Minas, Goiás, Bahia
Sintomas:
- lesões salientes na casca, em qualquer altura da árvore
- desfolhamento progressivo
- compromete a produção de sementes
- compromete o desenvolvimento da planta
Controle:
- monitorar antes que se espalhe
- soluções simples
- raspagem dos tecidos doentes, acompanhado da aplicação de produto com ação fungicida
- pulverizar hipoclorito de sódio a 2,5% (água sanitária), ou calda bordalesa (fungicida a base cal, sulfato de cobre e água), fungicidas a base de cobre
Mancha Areolada
- fungo Thanatephorus cucumeris (fase sexual) e Rhizoctonia solani (fase assexual)
- maiores danos quando está chovendo > umidade em excesso
- afeta a maior parte dos folíolos pode ser infectada
- afeta folhagem nova no ápice da planta
- folhas jovens permanecem livres da doença devido ao ambiente desfavorável à proliferação do fungo
- pode acontecer desde o viveiro até a fase adulta (dois anos de idade)
Condições favoráveis:
- patógeno é capaz de se disseminar rapidamente no plantio, afetando, inicialmente, a folhagem nova do ápice da planta
- ocorre em várias plantas: seringueira, citros, graviola
- triângulo das doenças (sincronia dos fatores): patógeno virulento, hospedeiro suscetível, ambiente favorável
- define se precisamos ou não de controle
- se faltar um dos fatores, não precisa se preocupar
Sintomas:
- manchas arredondas nas folhas jovens
- centro esbranquiçado, bordas escuras e circundadas por um halo de cor vinho
- amadurecimento da folhagem: lesões aumentam de tamanho, se tornando marrom-claras ou marrom-escuras, necróticas e com a presença de anéis concêntricos de colorações marrom-clara
- causa desfolha ou seja folha tende a cair e afeta fotossíntese (sério)
- risco: folhas caídas no chão com micélio (conjunto de hifas) que é facilmente observado a observar as folhas caídas através da luz
Controle:
- aplicar fungicida cúprico e de produto que contenha o ingrediente ativo Pencycuron: frequência quinzenal
- tratamento: recomendado para planta ainda em fase de viveiro à viabilidade econômica e operacional
- pulverizações quinzenais em viveiros, com o fungicida pencycuron (2 g/L de água) mantido mudas livres da doença
Mancha alvo
- fungo mitospórico Corynespora cassiicola
- polífago: ataca da soja ao mogno, passando por mamão, tomate, seringueira e muita coisa
- primeiro relato em 2009 no Pará
- sobrevive: em folhas velhas remanescentes na planta, caídas no chão e em hospedeiros alternativos
- esporos por vento ou respingo de água
Condições favoráveis:
- período chuvosa
- temperatura mais amena 25oC
Sintoma:
- a folha fica toda salpicada de lesões circulares a irregulares circundadas por halo
- aumento da lesão
- coalescimento da lesão, que vão se juntando, atingindo maior área
- lesões maiores
- causa rompimento, secamento e queda das folhas > desfolha
Controle:
- no viveiro efeturas inspeções periódicas
- reduzir a pressão de inóculo do patógeno
- no plantio, eliminar plantas com sintomas
Podridão Branca das Raízes do Mongo ou Murcha letal
- fungo basidiomiceto Rigidoporus lignosus (orelha de pau)
Sintomas:
- da murcha à seca das plantas de indivíduos com idades que variam de 12 meses até 8 anos de idade
- inicialmente na parte aérea amarelecimento de TODA A COPA da árvore e aí não tem mais o que fazer
- cuidado: as folhas permanecem aderidas à planta mesmo depois da morte
Sinais:
- orelha de pau
- rizomorfas na base (que fica tipo uma teia branca na base da árvore)
Condições favoráveis:
- solos mal drenados com acúmulo de água
- facilita a infecção das raízes pelo fungo
- habitante natural de florestas
- alta incidência em locais anteriormente cobertos por florestas
- hospedeiros alternativos: seringueira e cacau
Controle:
- arrancar e incinerar os materiais vegetais contaminados principalemente, os sistemas radiculares
- evitar encharcamento pro meio de limpeza da faixa de plantio
- evitar causar injúria nas plantas, tratá-las com pasta fúngica
- aplicar CALCÁRIO no solo e, desse modo, promover o aumento da população de microorganismos antagônicos, o pH aumenta (fica mais básico) o que favorece bactérias benéficas
- árvores com sintomas de amarelecimento DEVEM SER ELIMINADAS
- nas áreas recem-desmatadas deve-se cultivar gramíneas por um período de dois a três anos antes de plantar porque isso vai garantir a eliminação de inóculo
Murcha de Ceratocystis
- ocorre também em mangueira
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