Frequência Observada e Mapa de distribuição

Professor Rodrigo Ferreira Fadini (rodrigo.fadini@ufopa.edu.br), quinta 09/03/23 

Bancos de dados de biodiversidade

  • inaturalist (inaturalist.org) > GBIF
  • ciência cidadã

FREQUÊNCIA OBSERVADA (número absoluto) e FREQUÊNCIA RELATIVA (em relação ao total)

gráfico x (categorias) e y (frequência)

MAPA DE DISTRIBUIÇÃO

projeto cria: https://cria.org.br

species link: https://specieslink.net/ –> busca: https://specieslink.net/search/

Momotus momota (Udu de Coroa Azul)

mapa de distribuição reúne todas as ocorrências, mostrando um padrão de distribuição. No SpeciesLink, usar nome científico, clicar em REGISTROS (para ver a quantidade de ocorrência) e MAPA para ver a distribuição.

Objetivos da ecologia: padrão e processos

É uma ciência, com métodos, que estuda desde o organismo-vivo (indivíduo de uma espécie) até o ecossistema, passando por identificação de organismos (distribuição e frequência), populações (monitoramento, crescimento, declínio), comunidades (interação entre espécies) e ecossistemas (análise de energia e matéria, como relação entre esferas).

  • descrição
  • explicação
  • entendimento
  • previsão

Métodos

  • INDUTIVO (bayesiano):
    1. observação de um fato ecológico inicial sugere…
    2. pergunta ecológica simples e direta: ex, por que ou como isso ocorre aqui/com isso e não ocorre lá/com aquilo?
      • possível resposta: hipótese A
        • predição, operacionalizando a hipótese para ser possível testar
          • novas observações concordam com a predição (sim ou não)
        • caso nao, modifique a hipótese
          • caso sim, hipótese aceita
  • HIPOTÉTICO-DEDUTIVO (falsacionismo):
  1. observação de um fato ecológico inicial sugere…
  2. pergunta ecológica simples e direta: ex, por que ou como isso ocorre aqui/com isso e não ocorre lá/com aquilo? por que ervas de passarinhos ocorrem concentradas em poucas áreas da savana de alter do chão?
    • possíveis respostas:
      • hipótese A (porque o fogo limita)
      • hipótese B (porque espécies retroalimentam as populações existentes de maneira sintrópica (depositando sementes)
      • hipótese C
      • hipótese D
        • predição para A, B, C e D, operacionalizando as hipóteses para que possam ser testadas
          obs: devem ser testadas em sítios diferentes do da observação do fato ecológico
          • novas observações concordam com a predição (sim ou não)
        • caso nao, destaque as hipóteses em contradição
          • caso sim, hipótese “aceita” (explicação mais plausível para tal pergunta, sabendo que a ciência é sempre provisória e evolui a partir de outras pesquisas serão feitas, testando outras coisas

ATENÇÃO: Hipóteses geram previsões e o que se testa são as previsões.


Exemplos de perguntas ecológicas:

  • Como a Castanha do Pará consegue enfrentar o período seco?
  • Por que tem Babaçu no norte da Flona Tapajós e no sul não tem?

Como transformar uma variável teórica em uma variável operacional?

  • variável teórica tem a ver com um nicho ecológico?
    • o que pode representar um nicho?
    • condições do solo (medir ph, porcentagem de argila, silte e areia etc);
    • condições do clima
  • variável teórica tem a ver com espécie?
    • o que pode representar essa espécie?
    • condições da ecofisiologia (adaptações morfológicas e ecofisiológica das espécies);

Distribuição e abundância das espécies

  • história evolutiva
  • recursos
  • condições
  • interações
  • capacidade de dispersão

Muito ecólogo trabalha com modelagem do nicho ecológico.

Naturalistas que passaram por aqui (região de Santarém)

“Antigamente, quando existiam os naturalistas…”, falou o professor rsrs

O problema é que hoje em dia quando você publica um relato descrevendo espécies (teórico), sem a base empírica usada na ciência hoje, o trabalho não faz muito barulho. Atualmente, ecólogos estão mais preocupados com pesquisa empírica, para encontrar padrões e tentar explicar os porquês da ocorrência e distribuição de determinada espécie.

Enfim, os naturalistas que passaram por aqui:

  • Henry Water Bates (~1850) fala dos bichos e espécies de Santarém e Alter do Chão
  • Alfred Russel Wallace (~1850)
  • Karl Von Martius Um que naufragou na frente de Santarém, com todas as espécies dentro do barco… o cara da cruz na igreja

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