Características gerais dos vírus

Aula 14/11 | professor Robinson Severo/UFOPA

São seres submicroscópicos estudados com fungos e bactérias, apesar de não serem considerados seres vivos para a maioria da comunidade científica e logo não tem classificação de domínio ou reino.

Por que seria SER:

  • capaz de se reproduzir (numa célula hospedeira)
  • faz mutações
  • evolui

Por que seria NÃO SER:

  • dependem de organismos celulares: não tem célula própria e são incapazes de se autor-replicar
    • Multiplicação somente por replicação do seu próprio ácido nucléico (predominantemente RNA), que serve como molde
  • são parasitas intracelulares obrigatórios, pois não tem metabolismo próprio
    • a falta de hialoplasma (onde ocorre a maioria das reações químicas da célula) e de ribosssomas (síntese de proteínas) impedem que tenha metabolismo próprio.
    • são seres infecciosos

Um vírus muito pequenininho, 300 nm, só é visível em microscópios eletrônicos. São filtráveis

Componentes estruturais do vírus

  • capsídeo proteíco
    • proteínas estruturais
      • sub-unidades capsômeros, é a camada ou capa proteíca, envolvendo e protegendo o ácido nucleíco
  • ácido nucléico: serve de molde e é o elemento infeccioso do vírus
    • maioria RNA
      • RNA de fita siples (ssRNA) – o q predomina, forma fitas
      • RNA de fita dupla (dsRNA) –
      • RNA retrovírus — transcrição reversa
      • DNA de fita simples (ssDNA): o parvovírus
      • DNA de fita dupla (dsDNA): reovírus
    • replica a partir de proteínas não-estruturais (as replicadoras de material genético, as replicases)
  • alguns possuem envelope, que é formado por célula hospedeira da membrana fosfolipídica
  • espículas (glicoproteínas)

Vírion: partícula com estrutura viral completa.
✓ Viróide: partícula desprovida de capsídeo.
✓ Príon: proteína viral infectiva.

composiçÃO DA PARTÍCULA VIRAL

Arranjos e formas

A forma é determinada pelo arranjo das sub-unidades protéicas (capsômeros) em relação ao ácido nucléico.

Partículas alongadas flexuosa

  • ácido nucleico helicoidal
  • 1 molécula de proteína por vez

Partículas isométricas

  • ácido nucleico icosaédrico
  • capsomero se insere na face – 6 moleculas de proteína e nos vértices 5 moléculas de proteína

Ação e multiplicação viral

Invasão

bacteriófagos
  • Injeção de DNA

Multiplicação

  • Forma RNA mensageiro depois de ler o DNA
  • Começa a multiplicar proteínas estruturais do vírus e as proteínas não-estruturais, replicases, que replicam o material genético

Bacteriófago possui dois ciclos diferentes

No bacteriófago, temos o material genético na forma de DNA.

  • Ciclo lítico: multiplicação viral promove rompimento celular
  • Ciclo lisogênico: DNA viral se adere ao DNA celular; assim, a cada divisão binária o DNA viral é replicado. Um momento, o DNA viral sai da célula e então faz um ciclo lítico.

Replicação da Partícula Viral

6 fases, de forma geral:

  1. adsorção: contato, ligação do vírus à celula
    • É a primeira etapa da infecção viral e consiste na fixação ou interação de uma partícula viral com um receptor específico sobre a superfície celular. A ligação do virion com os receptores celulares é mediada por estruturas existentes na superfície da partícula viral (espículas, polipeptídeos). Os receptores diferem para diferentes vírus e dessa maneira o vírus se torna célula-específico, sendo capaz de invadir somente as células que apresentarem receptores específicos.
  2. penetração: infecção do vírus na célula
    • Após ocorrer a adsorção, a partícula viral é captada para o interior da célula por endocitose. Nesse processo, ocorre a captação da partícula viral a partir de umainvaginação de membrana plasmática. O vírus pode ainda penetrar diretamente através da membrana plasmática e em outros casos, ainda, pode ocorrer a fusão do envoltório do vírus com a própria membrana plasmática da célula, favorecendo sua entrada.
    • Endocitose (RNA+, RNA-, DNA)
    • Toda vez que uma célula engloba um vírus, com envelope e tudo
      • Ex: sarsCov2
        • RNA+: funciona como RNA mensageiro, e começa diretamente a fazer proteínas virais. Fabrico RNA- a partir do positivo e a partir do negativo, espelho, e formo o positivo.
      • Gripe influenza
        • RNA-: não consegue fabricar proteínas virais. espelha e forma o postivo. e o processo segue como acima.
    • Fusão do envelope (retrovírus)
      • Diferente da endocitose, se gruda na célula hospedeira, jogando o RNA lá para dentro
        • Ex: HIV: RNA + enzima de transcriptase reversa para converter em DNA
  3. desnudamento: liberação do ácido nucléico
    • Durante ou logo após a penetração da partícula viral na célula hospedeira ocorre o processo de desnudamento. Nesse processo ocorre a separação do capsídeo (removido por ação de enzimas celulares encontradas nos lisossomos) e do ácido nucléico viral.
  4. transcrição e/ou tradução seguida de replicação
    • síntese de novos componentes começa com a transcrição do mRNA; seguida plea tradução de proteínas reguladoras da expressão gênica, enzimas, proteínas estruturais, finaliza com a replicação de novos ácidos nucléicos
    • Transcrição:
      • Esta fase é caracterizada pela síntese de RNAm (RNA mensageiro), processando- se a síntese de novos elementos virais a partir do núcleo da célula infectada ou do citoplasma, sempre empregando energia celular, moléculas precursoras dos constituintes virais, fornecidas pela própria célula e algumas das enzimas existentes na célula.
    • Tradução:
      • Corresponde à síntese de proteínas virais através da ligação do RNAm sintetizado aos ribossomos celulares. As proteínas sintetizadas podem ser estruturais (responsáveis por formar a partícula viral) e não-estruturais (enzimas que participam do processo de síntese do ácido nucléico, não sendo incorporadas à partícula viral).
  5. maturação: reunião dos novos componentes formados do capsideo no ácido nucleico no formato alongado ou isométrico
    • Corresponde à replicação do ácido nucléico viral, dando origem a novos ácidos nucléicos que são acoplados às proteínas virais.
  6. eluição/liberação: saída das novas vírions formadas da células
    • Após a maturação ocorre a montagem das partículas virais, na qual as proteínas do capsídeo envolvem o ácido nucléico sintetizado em separado. A seguir ocorre a liberação do vírus da célula através de dois mecanismos diferentesvírus não envelopados são liberados gradativamente em conseqüência da lise celularVírus envelopados podem ser liberados por brotamento, isto é, através de locais da membrana plasmática, incorporando ao seu redor um pedaço da membrana que constituirá o seu envelope.

Nomenclatura

Totalmente diferente das outras classificações, começando sempre pelo hospedeiro

Hospedeiro sintoma típico virus

Tobacco mosaic virus (TMV)

A doença causada pelo TMV (sigla internacional) é denominada de Mosaico do Fumo (na língua do país)

Tipos de fitovírus

67 gêneros distribuídos em 13 famílias, de acordo com o Comitê Internacional de Taxonomia de Vírus (ICTV):

Critérios de agrupamento em gênero são:

  • tipo de ácido nucléico
  • número de fitas do ácido nucléico
  • número de componente do genoma (1, 2, 3 ou 4)
  • formato da partícula (isométrica, alongada ou baciliforme)

Infecção das plantas (ver slides 34 e 35 aula)

PRIMEIRO: Translocação de célula a célula do parênquima

DEPOIS: MOVIMENTO SISTÊMICO, depois de alcançar o sistema vascular/floema, é um movimento rápido e sistêmico

RESUMO:

Material de apoio:

MICRO_GERAL_2022.1_Caract_Gerais_dos_Virus

Saiba mais:

Aula do professor Guilherme Goulart

Vírus – características gerais

Vírus – multiplicação lítico e lisogênico

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